quinta-feira, 23 de abril de 2015
Vida nova: NOVENA DE SÃO JORGE: O DOM DA FÉ - PE. REGINALDO M...
Vida nova: NOVENA DE SÃO JORGE: O DOM DA FÉ - PE. REGINALDO M...: 1ª Oração SÃO JORGE: O DOM DA FÉ A vida eterna consiste em que vós reconheçais, o verdadeiro e único Deus, e a Jesus Cristo que e...
NOVENA DE SÃO JORGE: O DOM DA FÉ - PE. REGINALDO MANZOTTI
1ª Oração
SÃO JORGE: O DOM DA FÉ
A vida eterna consiste em que vós reconheçais, o verdadeiro e único
Deus, e a Jesus Cristo que enviastes (Jo 17,3 ). Seu mandamento é este:
que tenhamos FÉ no nome de seu Filho Jesus Cristo e nos amemos uns aos
outros, como ele mandou (1Jo 3,23).
Reflexão
A fé é um dom de Deus oferecido a todos e que necessita ser cultivado
em seu espírito. No Antigo Testamento a fé dirige-se ao povo de Israel
como fidelidade ao Deus único, visto que eram tentados em passar para o
culto dos deuses pagãos que os cercavam. O Novo Testamento mostra-nos a
fé tendo como centro Jesus Cristo, o ungido e enviado de Deus a este
mundo. Hoje, os deuses pagãos mudaram de nome. Muita gente adora o
dinheiro, a ganância, o poder que oprime, a prática das injustiças e
maldades, o Deus do prazer e do orgulho. São Jorge, iluminado pela fé,
encontrou esse Jesus e se propôs amá-lo de coração desde sua infância.
Invoque São Jorge quando sua FÉ em Deus vacilar, quando seu coração
ficar entristecido, quando o desânimo cair em sua vida. Quando você
achar que tudo está perdido, invoque a São Jorge.
Oração
Glorioso São Jorge, valoroso Soldado de Cristo, que
mataste o dragão, ouvi meu apelo e apresentai minha prece ao Senhor
Deus, Todo-Poderoso. Confiante em vossos méritos e em vosso poder, eu
vos peço intrépido São Jorge a vossa proteção, abrindo meus caminhos,
aplainando as minhas estradas, afastando obstáculos aos meus passos. De
noite ou de dia, não me falteis com o vosso socorro e a vossa
assistência. Considerai a minha aflição, e vinde em meu socorro.
(Faça aqui o seu pedido)
Dai-me coragem e esperança, fortalecei minha fé e auxiliai-me nesta
necessidade. Com o poder de Deus, de Jesus Cristo e do Divino Espírito
Santo. Amém.
São Jorge, rogai por nós.
Rezar 1 Pai-Nosso, 1 Ave-Maria e 1 Glória ao Pai.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Testemunho do ex-Pastor Sidney Veiga
Testemunho do ex-Pastor Sidney Veiga
Não estou aqui para falar mal de uma denominação que outrora
pertenci. Quero dizer a todos os meu irmãos protestantes, não apenas os
da Assembléia de Deus, mas da Batista, da Quadrangular, Adventista, da
Presbiteriana, Luterana, de todas, que os amo. Tenho motivos de sobra
para amá-los, pois tenho três tios pastores, três cunhados pastores,
dois primos pastores, um irmão pastor e minha mãe que é a diretora no
instituto Teológico lá na minha cidade. Eu tenho motivos de sobra para
amá-los de verdade.
Diante dessa situação, o que vou falar aqui é com muito amor e se
muitos dos meus irmãos protestantes caluniam a igreja Católica é porque
não tem conhecimento, continuam naquela leitura ao pé da letra. Diante
dessa situação eu começo a anunciar “este sim de Maria” sofrendo as
piores calúnias possíveis, onde fui muito humilhado. Se outrora cometi
muitos erros falando mal da Igreja Católica, tirando muitos Católicos do
Catolicismo para o protestantismo, posso dizer como disse o Apóstolo
Paulo: “Fiz na minha ignorância” porque desde minha infância eu aprendi a
fazer uma leitura fundamentalista da Bíblia, ou seja: uma leitura ao pé
da letra.
Neste ensinamento eu fui crescendo e absorvendo uma aversão ao
Catolicismo. Eu aprendi que a Igreja Católica era a grande Babilônia
descrita no livro do Apocalipse capítulo 18, que o Papa era a Besta do
Apocalipse detentor do nº 666. Eu tinha a missão de tirar os católicos
dali porque via que eles estavam em um caminho errado. Desde o início de
minha vida eu fui criado no protestantismo e minha formação foi muito
rígida, minha mãe era presidente do círculo de oração, regente de Coral,
professora da Escola Dominical, ela exigia muito de todos nós.
Chegou um dia que tornei-me Pastor Evangelista, depois passei a ser
Pastor Titular e comecei a pregar em muitos lugares, sobretudo em rua,
praças, feiras, dentro de boates, em delegacias, penitenciárias etc.
Chegou o momento de ir no Estado do Amapá onde tive a oportunidade de
publicar um livro chamado “A batalha de Davi e o gigante filisteu”
Depois publiquei outro livro chamado “Do exílio ao poder”. A partir de
então tornei-me muito conhecido, foi justamente a partir desse momento
que comecei a entrar pelo Rádio, Televisão, ter uma certa influência.
Eu tinha um grande desejo de fazer um trabalho de recuperação de
jovens delinqüentes na cidade de Causueine. Um dia ao chegar da Rádio
Difusora de Macapá, por volta das 11:30, tinha um irmão me esperando e
sabia do meu grande desejo de ir aquela cidade fazer o trabalho que
mencionei. Ele me disse: “Amanhã estarei indo em um garimpo perto
daquela cidade e se o senhor quiser ir, eu deixo lá. Quando eu retornar a
noite, eu pego o senhor e trago de volta”. Eu disse: “Não vai dar por
agora pois estou sem recursos e não tenho dinheiro para fazer isso
agora”. E ele disse assim: “Mas Pastor, não é o senhor que diz que para
se fazer a obra de Deus não precisa de dinheiro?” Diante daquilo eu
nunca gostei de ser desafiado por nada, sobretudo para fazer alguma
coisa para Deus e eu disse a ele: “Pode passar que nós vamos juntos”.
Naquele dia eu estava com R$14,00, pois tinha pago R$86,00 ao
sonoplasta da Rádio Difusora. Como eu tinha que fazer um trabalho muito
grande, parecia uma brincadeira ir aquela cidade apenas com R$14,00, que
mesmo assim, ainda deixei com minha esposa. Chegamos as 9:30 da manhã e
ele deixou-me em frente a cachoeira, próximo a entrada da cidade, para
me pegar a noite.
Ao chegar, eu tinha uma idéia de ir a casa do pastos, dizer o meu
projeto e com certeza eu teria cama, mesa e banho até o horário de
voltar. E então eu poderia conhecer a cidade.
Esse foi o meu plano, mas não sabia que o plano de Deus era outro na minha vida. E isso eu vim ter certeza quando cheguei, depois de informar-me onde era o templo da Assembléia de Deus e a casa pastoral. Ao chegar lá e saber que o pastor tinha viajado com a esposa e com a filha para uma outra cidade, fiquei apavorado e decepcionado, pois não conhecia ninguém. Mesmo assim eu dei uma volta pela cidade de Causueine, conversei com várias pessoas, dizendo o que eu era e o que pretendia fazer naquela cidade. Por volta de 11: 30 da manhã eu já estava com muita fome, cansado, com sono e comecei a sair da cidade. Cerca de uns 200 metros, fui descansar em baixo de uma árvore, pois o carro só viria a noite e assim poderia descansar um pouco.
Esse foi o meu plano, mas não sabia que o plano de Deus era outro na minha vida. E isso eu vim ter certeza quando cheguei, depois de informar-me onde era o templo da Assembléia de Deus e a casa pastoral. Ao chegar lá e saber que o pastor tinha viajado com a esposa e com a filha para uma outra cidade, fiquei apavorado e decepcionado, pois não conhecia ninguém. Mesmo assim eu dei uma volta pela cidade de Causueine, conversei com várias pessoas, dizendo o que eu era e o que pretendia fazer naquela cidade. Por volta de 11: 30 da manhã eu já estava com muita fome, cansado, com sono e comecei a sair da cidade. Cerca de uns 200 metros, fui descansar em baixo de uma árvore, pois o carro só viria a noite e assim poderia descansar um pouco.
Naquele momento comecei a fazer um questionamento e pensei: “Meu Deus
porque os seus filhos tem que sofrer tanto? A minha vida desde a
infância foi nos teus caminhos, foi te servindo, foi te glorificando e
vim aqui para fazer um trabalho justamente com crianças e jovens
delinqüentes e eu estou aqui nesta situação com fome, sono, sem
dinheiro, porquê? Porque seus filhos tem que sofrer tanto para fazer tua
obra?”.
Neste momento, eu levanto a cabeça, numa distância de uns três metros estava uma mulher, morena, dos cabelos longos, com uma roupa branca que até hoje não sei dizer se era uma blusa ou saia ou um vestido. Ela disse assim: “Você está com fome?” Eu disse: “Sim, estou” Ela afirmou: “Você vai viajar”. Aproximou-se, colocou algo em minha mão direita, passou pelo meu lado esquerdo e não falou mais nada. Quando abri a mão, era simplesmente uma nota novinha de R$ 50 Reais. Ao ver aquilo eu caí de joelhos chorando. Não vi como esta mulher apareceu e desapareceu.
Neste momento, eu levanto a cabeça, numa distância de uns três metros estava uma mulher, morena, dos cabelos longos, com uma roupa branca que até hoje não sei dizer se era uma blusa ou saia ou um vestido. Ela disse assim: “Você está com fome?” Eu disse: “Sim, estou” Ela afirmou: “Você vai viajar”. Aproximou-se, colocou algo em minha mão direita, passou pelo meu lado esquerdo e não falou mais nada. Quando abri a mão, era simplesmente uma nota novinha de R$ 50 Reais. Ao ver aquilo eu caí de joelhos chorando. Não vi como esta mulher apareceu e desapareceu.
Enquanto eu estava de joelhos chorando, vai saindo um carro da cidade
indo para Macapá. Era uma D20 de um senhor muito conhecido, o senhor
Jacó. Quando ele me viu, parou o carro bruscamente e disse: “Pastor
Sidney o que aconteceu?” Eu disse: “Nada” “Como não aconteceu nada?
Disse ele, o senhor está chorando!”. Se for para Macapá eu lhe dou uma
carona. Foi o 2º milagre que aconteceu. Contei o que havia acontecido e
ele começou a chorar, ele é católico, então me disse: “Eu sei o que é
isso, mas não adianta falar essas coisas para o senhor porque eu sei que
não vai acreditar nisso”.
Cheguei oito horas da noite, contei tudo para minha esposa e logo
depois fui para a Igreja. Contei tudo para o Pastor Moisés, Pastor
Natanael, Pastor Sebastião. Nessa altura, eu não conseguia falar sem
chorar. Eles concluíram: “Foi um Anjo, foi um Anjo”.
Passaram 02 anos e logo fui visitar meus familiares passando pela
cidade de Santa Isabel no Pará, onde morava meu sogro. No dia 15 de
Dezembro eu saí de manhã cedo para a oração no Templo Central e as 11:30
horas da manhã, eu parei debaixo de uma árvore, pois o sol estava muito
quente, para descansar um pouco e chegar então de volta na casa de meu
sogro.
Bem na entrada de Santa Isabel do Pará tem a imagem de Santa Isabel
de Portugal que é a Padroeira da cidade. Sentei-me e coloquei a cabeça
entre os dois joelhos. Quando levantei a cabeça e olhei para aquela
imagem que estava em minha frente, algo diferente estava acontecendo
ali. Pela frente da imagem tinha como que um manto amarelo, como se um
fogo estivesse acesso. Aquele amarelo fogo sobre a coroa da imagem tinha
uma bola vermelha, parecendo com o Sol. Entre a coroa e aquela bola
vermelha, tinha a letra “A”, um traço e a letra “M”. Fiquei olhando
aquilo num período de cinco minutos.
Exatamente nesta mesma hora, um cunhado meu estava passando por ali e
oferece uma carona em sua bicicleta. Antes de eu ir a bicicleta, eu
voltei o olhar para a imagem de Santa Isabel de Portugal, mas não tinha
mais nada de diferente. Estava do mesmo jeito como estava anteriormente.
Fiquei perturbado e confuso. Ao chegar na casa do meu sogro, contei
tudo para minha esposa. Ela disse: “Você saiu em jejum de manhã cedo
para orar, não foi?” Eu disse que sim! Ela então falou que o meu mal era
fome. Disse que eu estava com fome e que tinha andado muito no sol
quente e que isso fazia com que eu visse coisas.
Tomei banho, tomei café, almocei, dormi, a noite fomos a Igreja,
voltamos, jantamos e dormimos. Nessa noite eu tive um sonho e neste
sonho vi a mesma coisa que eu tinha visto meio dia naquela Imagem de
Santa Isabel, do mesmo jeitinho eu estava debaixo daquela árvore.
Eu sempre digo que se meu cunhado não tivesse chegado naquele
momento, não seria preciso o sonho, ele não tinha existido. Mas como eu
fui interrompido, o sonho teve que existir porque era um complemento
daquilo que tinha acontecido no dia anterior. A mesma coisa, aquela bola
vermelha. A letra “A” e a letra “M” e que como flutuando ao lado da
imagem, a mulher que a dois anos atrás tinha me dado a nota de 50 Reais.
E em sonho ela me deu uma mensagem dizendo: “Eu te escolhi, não temas”.
Tu converterás multidões antes do grande acontecimento, encontrarás um
que tudo te explicarás. Muitas lutas enfrentarás mas terá a vitória e o
que tu queres não te preocupes, tudo será resolvido.
Acordei, olhei no relógio, eram 03 horas da madrugada. Chamei minha
esposa, a qual acordou espantada e eu disse a ela: “Aquilo que aconteceu
ontem, você disse que era fome, mas agora eu já almocei, já dormi, já
jantei e aconteceu tudo isso”.
A partir desse momento eu não dormi mais. Peguei a minha Bíblia, li alguma coisa, dobrei os joelhos e fiquei orando até as seis da manhã, pedindo discernimento, pedindo que Deus me iluminasse para saber o que era aquilo. Foi exatamente que as 6 horas da manhã, quando levantei e estava convicto de procurar um Padre, porque somente um Padre poderia me explicar o que estava acontecendo. Dias posteriores encontrei com o Padre Cláudio de Souza Barradas que me explicou muitas coisas.
A partir desse momento eu não dormi mais. Peguei a minha Bíblia, li alguma coisa, dobrei os joelhos e fiquei orando até as seis da manhã, pedindo discernimento, pedindo que Deus me iluminasse para saber o que era aquilo. Foi exatamente que as 6 horas da manhã, quando levantei e estava convicto de procurar um Padre, porque somente um Padre poderia me explicar o que estava acontecendo. Dias posteriores encontrei com o Padre Cláudio de Souza Barradas que me explicou muitas coisas.
No dia 17 de Dezembro de 1998, as 10 horas da manhã, dois Pastores
chegaram na residência de meu sogro para conduzirem-me até São Luís do
Maranhão. As 4 horas da tarde nós estávamos na cidade de Paruá já no
Estado do Maranhão. Combinamos de visitar o Pastor daquela cidade. Logo
que chegamos o Pastor quando viu-me disse: “Pastor Sidney, Deus mandou o
senhor aqui e agora, porque estamos iniciando um trabalho hoje e o
Pastor que viria fazer a pregação terminou de ligar dizendo que não
poderia vir e foi Deus que lhe mandou aqui”. Eu disse: ” Não Pastor, não
tem como eu ficar, nós estamos de viagem e precisamos chegar rápido a
São Luís, porque amanhã tem pregação a fazer lá”. Ele disse: ” O senhor
pode sair daqui cedo até as 10 horas da manhã e cedo vai chegar a São
Luís, não é preciso, o senhor vai pregar aqui. Combinamos e ficamos na
cidade de Paruá. Nesta noite eu fiz a pregação e foi a última vez que
tirei Católicos do Catolicismo para o Protestantismo.
Na manhã seguinte, nós estávamos a mesa para tomar café, quando
alguém bateu a porta. O Pastor foi atender, era um rapaz com o seguinte
recado: “Pastor é para o senhor ir na casa do titio que teve um problema
sério lá”. O Pastor disse assim: “Eu não posso ir porque tenho
visitas”. Diante disso eu disse: “Pastor, se o senhor permitir, eu irei
com o rapaz”. Ele disse: “O senhor é que sabe, contanto que o senhor
esteja aqui antes de 10 horas para a viagem”. Peguei a Bíblia e
acompanhei aquele rapaz. Quando chegamos ele bateu na porta e seu tio
veio atender. O rapaz disse: “O Pastor que veio foi este, o outro não
pode vir”. Eu entrei na casa e aquele senhor já foi logo trazendo a sua
esposa. Ela estava com o corpo cheio de hematomas, inclusive o olho dela
estava quase saindo do corpo. Ele disse assim: “Mandei chamar o Pastor
para fazer uma oração de separação. O que o senhor está vendo aí foi
muita pancada que eu dei nela, nós já havíamos discutido muito, mas
nunca tinha ocorrido isso, mas hoje diante do que aconteceu eu tenho a
plena convicção de que se continuarmos juntos eu irei matá-la. E para
que isso não aconteça eu quero que o senhor dê uma bênção de separação,
para ir abençoada para um lado e eu para outro.
Comecei a falar para eles sobre o perdão, sobre a misericórdia, a
tolerância, o amor, mas no meio das minhas palavras, aquele homem
interrompeu-me e disse: “Pastor, pare de falar, nós já decidimos que
vamos nos separar, só queremos a sua bênção e uma oração”. Eu peguei a
mão dele de um lado e a dela de outro e comecei a fazer uma oração. Em
meio aquela oração eu senti que alguma coisa tinha caído sobre as minhas
mãos. Ao abrir os olhos eles estavam chorando e eu prossegui aquela
oração. No final daquela oração eles se abraçaram chorando e disseram
que não iriam mais se separar, que eu tinha sido um Anjo de Deus enviado
aquela casa para uni-los novamente. Aquele conflito tinha servido de
alicerce para uma nova construção matrimonial.
Aquele foi o momento muito forte, de grande emoção, as lágrimas
caíram dos nossos olhos, nós vimos porém uma manifestação da presença de
Deus. Porém, assim que terminou aquela oração, aquele homem começou a
olhar atônito para os quatro cantos da sala. Ele olhou no corredor para
os fundos de sua casa, ele foi até a janela, olhou para o lado direito,
para o lado esquerdo, olhou para frente e quando eu vi aquela
ociosidade, eu fiquei comigo dizendo: “Será que este homem está vendo
algum demônio, um espírito mal?”. Então o interroguei: “Irmão o que está
acontecendo?”. Ele disse: “Não Pastor, eu quero saber da mulher que
estava aqui e agora não está mais”. Eu disse: “Meu irmão, a única mulher
que tem aqui é só a tua que está aí”. Ele disse: “Não Pastor, tinha uma
mulher”. De repente eu lembrei-me do sonho e perguntei: “Como é esta
mulher?” . Ele disse: “É uma mulher alta dos cabelos longos com uma
roupa branca”. Aí foi quando pela primeira vez aquilo saiu de dentro de
mim, dizendo: “Há meu irmão, eu já sei quem é esta mulher, esta mulher é
Maria, é Nossa Senhora, que anda comigo para todo lugar que vou, mas
ela é desse jeito. Ela aparece, resolve o problema, vai embora e me
deixa sozinho”. Ele disse: “Isso é verdade Pastor?” Respondi então! ora
você não viu a mulher?
Neste dia eu vi um milagre porque eles estavam para separar e de
repente uniram-se novamente e estão juntos até hoje, porque em viagens
que sempre fiz, eu os visitei. Pela característica que ele deu foi a
mesma mulher que tinha dado a mensagem no meu sonho e a mesma que me deu
a nota de 50 Reais.
Eu saí de imediato para a casa Pastoral. Ao chegar lá com os olhos um pouco avermelhados, que eu tinha também chorado lá, comecei a contar o que tinha acontecido e comecei a falar que aquilo não era Anjo como tenho dito e sim Nossa Senhora, a Maria dos Católicos. O Pastor disse assim: “A melhor coisa que fazemos é não levar mais o Pastor Sidney a São Luís, porque quando chegar lá no Estádio, no meio de tanta gente, a primeira coisa que ele vai fazer é dizer que a Maria dos Católicos apareceu para ele e vai acabar com todo nosso trabalho”. E eu iria contar mesmo! Porque o número 3 na Bíblia é um número muito forte, é uma confirmação e Nossa Senhora tinha aparecido 3 vezes até aquele momento.
Eu saí de imediato para a casa Pastoral. Ao chegar lá com os olhos um pouco avermelhados, que eu tinha também chorado lá, comecei a contar o que tinha acontecido e comecei a falar que aquilo não era Anjo como tenho dito e sim Nossa Senhora, a Maria dos Católicos. O Pastor disse assim: “A melhor coisa que fazemos é não levar mais o Pastor Sidney a São Luís, porque quando chegar lá no Estádio, no meio de tanta gente, a primeira coisa que ele vai fazer é dizer que a Maria dos Católicos apareceu para ele e vai acabar com todo nosso trabalho”. E eu iria contar mesmo! Porque o número 3 na Bíblia é um número muito forte, é uma confirmação e Nossa Senhora tinha aparecido 3 vezes até aquele momento.
Eles começaram a tratar-me com indiferença, conversavam somente entre
eles, me deixando de lado. Eu disse: “A partir de agora eu não os
acompanho mais. Vão a São Luís, peçam desculpas aquele povo que me
esperam para a pregação” Disse Mais: “Eu estou contando para vocês, algo
que aconteceu ali na casa do irmão, que ele viu e isso era para ter
acontecido com o senhor, Pastor, mas o senhor deu prioridade para mim, o
senhor deixou sua ovelha sofrendo, chorando, eu fui atendê-lo e
aconteceu o que aconteceu. Aqui terminou a minha viagem com vocês”.
Relatei tudo ao Padre Cláudio de Santa Isabel que atendeu-me muito
bem dizendo: “Não quero precipitar em nada, amanhã eu irei a Belém e se o
senhor quiser, irei leva-lo aos nossos Bispos”. Chegando lá contei tudo
novamente aos Bispos a minha história e ao final eles chegaram a uma
conclusão e disseram o seguinte: “Pode ter sido uma aparição de Nossa
Senhora”. Dom Vicente colocou a mão no meu ombro e disse assim: “Pelos
frutos conheceremos a árvore”.
Ninguém convidou-me a passar para a Igreja Católica, eu continuei
sendo Pastor. Até esse momento eu tinha muitas dúvidas sobre o
Catolicismo, mas um dia tive a oportunidade de tirar essas dúvidas com o
Padre Cláudio. Fui fazendo muitas perguntas e ele foi respondendo tudo.
Começou a dizer quem era Maria para a Igreja Católica, o que eram as
imagens, o que era adoração, veneração etc. Quando ele terminou de dar
todas aquelas explicações, eu já não tinha mais nenhuma pergunta. Eu
disse a ele: “Puxa Padre, eu termino de saber que nem mesmo a Bíblia eu
sabia ler, porque eu entendia ao pé da letra e via totalmente o
contrário”. Na humildade daquele diálogo eu fui compreender o quanto eu
estava errado, o quanto eu condenava, julgava e massacrava os Católicos.
Hoje eu vejo que as imagens são referencias para nós Cristãos. Elas
são indicadoras, são sinalizações, são setas ao longo de uma estrada. A
placa não é para onde o condutor vai, mas está indicando o lugar para
onde ele tem que ir. Hoje a Igreja venera estes Santos, segue o
testemunho de vida e fé. Testemunhos que foram selados com o próprio
sangue, com a própria vida.
Continuei sendo Pastor e ao chegar no Estado do Amapá e em todos os
lugares que eu ia pregar, eu comecei a ensinar o “Sim de Maria”, pois
não saía mais das minhas mensagens a figura de Maria, eu estava convicto
do que ela era. Comecei a ver os Católicos de outra forma e lia muitos
livros sobre Maria, o que era o Catolicismo e muitas outras coisas. Foi a
partir daí, quando eu estava pregando esta nova mensagem, a Convenção
do Ministério que eu pertencia, chamou-me para que eu fizesse uma
retratação e deixasse de pregar a doutrina dos Católicos, pois senão
seria afastado das funções pastorais.
Naquele momento quando deram-me a palavra, levantei e disse: Hoje
estou sendo interrogado, porque estou pregando sobre o “Sim de Maria”
porém quero fazer uma colocação. “Porque nós ensinamos sobre todos os
homens e mulheres que a Bíblia fala, pregamos sobre Moisés, sobre Noé,
Adão, Davi, Salomão, Pedro e dezenas e dezenas de outros que foram
grandes homens de Deus, mas foram grandes pecadores. Muitos cometeram
pecados de adultério, tiraram a vida de outros, alguns traíram o próprio
Cristo e mesmo assim com os seus testemunhos de vida, nós levamos
muitas pessoas a Jesus e muitas, a se converterem. Procuramos seguir o
exemplo deles, porém, eles tiveram grandes falhas, grandes momentos
negros”.
Eu quero dizer a vocês que estou disposto a deixar de ensinar sobre
Maria com uma condição apenas. Peguei a Bíblia e ergui diante de todos
eles. “Se algum dos Pastores aqui presentes me provar dentro da Bíblia
um só pecado que Maria cometeu, eu não deixo apenas de falar sobre ela,
mas deixo também de falar sobre qualquer outro assunto”. Neste momento
fez-se um silêncio, ninguém falava. Foi quando o Pastor Édio interrompeu
aquele silêncio e disse: “Pastor Sidney, o senhor sabe que nós não
temos como provar isso dentro da Bíblia, mas o senhor sabe que isso é
doutrina dos Católicos. Ou o senhor se retrata ou o senhor será
disciplinado hoje”. Foi quando eu disse: “Se eu tenho que tomar uma
decisão entre continuar ser Pastor e falar o “Sim de Maria”, pois eu
deixo de ser Pastor hoje e vou continuar pregando o “Sim de Maria” que
ela deu ao nosso Deus”.
A partir daí eu saí pelo corredor central, alguns ainda diziam que eu
estava possuído por alguma força estranha e com isso começaram algumas
perseguições. Os momentos negros vieram, começaram as calúnias, passei
as piores coisas, fui agredido, apanhei na rua. O Padre da cidade me
disse: “Pastor, vai embora daqui, se não alguém vai matá-lo”. Neste
momento, eu fui embora para o Estado do Pará, sem ter onde morar, perdi
tudo o que tinha, toda aquela projeção.
Cheguei na casa de minha mãe com minha esposa e dois filhos. Ela me
disse: “Aceito você na minha casa de qualquer jeito, menos sendo
Católico, porque não foi isso que lhe ensinei, a porta da rua é a
serventia da casa”. De lá mesmo eu saí sem até a benção de minha mãe.
Minha esposa disse assim: ” Vamos a Santa Isabel do Pará”. Como eu tinha
um cunhado que era Pastor e morava lá, eu pensei: “Minha esposa vai
pedir um lugar para ficarmos alguns dias”. Ao chegar na cidade de Santa
Isabel, duas horas depois desse acontecimento com minha mãe, minha
esposa pediu para que eu abençoasse Jônatas e Natanael, nossos filhos,
mandou que eles entrassem e na frente da casa do meu cunhado, ela disse
assim: “Quando nós cometemos qualquer erro, todas as pessoas ficam
contra nós, mas tem uma pessoa que nunca fica contra o filho, que é a
mãe. A mãe sempre vai estar ao lado, mas você está tão amaldiçoado que
nem a tua mãe ficou a seu lado e eu também não vou ficar. Aqui terminou o
nosso casamento, vai embora. Viva sua vida que eu vou ver o que faço
para criar nossos filhos”. Eu saí de lá chorando. Foi o fundo do poço,
foi um momento muito triste, muito crucial na minha vida. Foi nesta hora
que comecei a sentir o que era o amargor da vida, o que era estar
sofrendo por ser Católico.
Enquanto eu viajava de Santa Isabel do Pará a Belém, no Santuário de
Fátima tinha uma senhora que estava rezando o terço, coisa costumeira
que ele fazia no Santuário. Enquanto ela estava rezando, escutou uma voz
que dizia: “Vai a rodoviária agora porque tem um filho meu precisando
de muita ajuda” E ela foi a rodoviária. Foi neste exato momento que fui
desembarcando do ônibus. Naquela hora aquela mulher estava uns 5 metros
na minha frente e olhava para mim e logo aproximou-se e disse: “Meu
filho, eu não sei o que está acontecendo com você, mas eu quero te dizer
que Maria, que é minha mãe e sua também pediu que eu viesse aqui e era
para lhe ajudar no que fosse preciso.” Ela perguntou: “O que você mais
está precisando?” Eu disse para ela: “Eu não tenho onde morar, eu
terminei de ser expulso da minha casa por minha mãe, minha esposa
terminou de separar de mim e não tenho para onde ir”. Ela me abraçou e
disse: “Meu filho, vamos para minha casa, porque você vai ficar lá, não
se preocupe que tudo será resolvido”. Fui com aquela senhora e fiquei na
casa dela. Depois consegui um outro lugar para ficar. Foi um outro
momento muito negro da minha vida. Foi quando eu comecei a passar muita
fome, não tinha roupa, creme dental, sabonete, não tinha nada.
Mas eu louvo a Deus porque neste momento, de tanta desilusão, eu
sentia que a graça de Deus envolvia minha vida. Eu sentia que o amor de
Maria dominava-me e era um amor muito forte, algo muito grande para
fazer com que eu não desistisse, até porque a minha própria família
começou neste momento, a trazer várias propostas mandando pastores até
minha pessoa para eu parar neste caminho, para voltar, pois tinha Rádio,
tinha Televisão, poderiam me dar uma Igreja e fazer um grande trabalho,
pois eu tinha muito talento. Eu não aceitei nada disso e passei muito
tempo rezando, questionando, mas em todos esses momentos Deus me
concedeu a graça de manter-me de pé.
Depois de um ano e meio que minha esposa me deixou, eu fui convidado
para pregar em uma paróquia. Nesse período, apesar de minha mãe estar
com raiva de mim e minha esposa ter me abandonado, eu sempre pedia a
Nossa Senhora: “Se realmente tu existe, se realmente foi tu que
entrastes em minha vida, faça com que minha esposa volte para mim”.
Nesta noite quando o Padre deu-me o microfone, uma Ministra da
Eucaristia subiu ao Altar e disse assim: “Pastor, tem uma mulher lá fora
querendo falar com o senhor. Ela disse que é sua esposa e está chorando
muito”. Larguei o microfone e fui lá fora. Quando cheguei vi que era
ela e estava desesperada. Perguntei: “O que aconteceu? Teve algum
problema por lá?” Ela disse: “Não, eu vim aqui para te pedir perdão e
dizer que quero ser Católica junta com você”. A partir desse momento,
choramos muito e agente se abraçou entrando dentro da Igreja que tinha
umas 2 mil pessoas. E nesta noite que eu ia dar o meu testemunho, Deus
deu-me uma unção para pregar sobre a família e aquele recinto foi tomado
por uma unção do Espírito Santo muito forte. Eram muitos maridos
pedindo perdão para esposas, esposas para maridos, filhos para pais e
Deus tomou conta daquele lugar.
A partir desse momento, eu começo viver uma outra situação. Minha mãe
pediu que eu fosse falar com ela. Eu fui um pouco retraído sem saber o
que ela queria falar comigo. Quando eu fui chegando na casa de mamãe, a
garagem estava aberta. Quando eu fui chegando ela vinha saindo e esse
foi um dos momentos muito forte de minha vida, porque naquele mesmo
lugar, onde mamãe disse que a porta da rua era a serventia da casa,
quando ela me avistou entrando, ela abriu os braços chorando e disse,
meu filho, me perdoa, eu te amo, eu não quero que nenhuma indiferença
religiosa exista entre nós, eu te amo… eu te amo…eu te amo. Se você
quiser ser Católico, se você quiser pregar na Igreja Católica, pode
continuar pregando e eu quero que você saiba que sua mamãe vai estar
sempre orando por você para que Deus te use sempre e sempre.
Isso foi muito forte. É assim que Deus faz, é assim que Deus
trabalha. Hoje ainda temos muitos problemas, muitas dificuldades. O que
aquela mulher disse-me no sonho, que eu enfrentaria muitos problemas,
isso tem se cumprido a risca. Sei que as dificuldades foram grandes e
sei que muitas talvez maiores virão, mas eu tenho a plena convicção que a
mesma graça que Deus e Maria concedeu-me até hoje para vencer todas as
dificuldades, essa mesma graça estará na minha vida envolvendo-me para
que eu super quantas possam surgir como disse o Apóstolo Paulo: “Eu
estou indo para outros lugares, eu não sei o que lá me espera, a não ser
tribulações e tribulações, mas sei que Deus conceder-me-á a graça para
vencer a todas elas”.
Eu sei que essa graça de Deus que tem sustentado-me nos seus caminhos
enfrentando as dificuldades do dia a dia, as contradições, as
rejeições, o ódio de uns, a indiferença de outros, mas eu me sinto feliz
porque hoje eu tenho a plena convicção que eu faço parte da geração e
da multidão daqueles que Maria mesmo disse: “Todas as nações me chamarão
de Bem Aventurada”.
——————————————–
Contato: Quem quiser pode entrar em contato com o Missionário Sidiney Woster Veiga por e-mail (sidineveiga@bol.com.br) ou pelo telefone (24) 3341-4929 para aquisição de material (cds, livros) e agendamento de eventos.
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Se você quiser ouvir este testemunho “ao vivo” então compareça a
Comunidade São Paulo Apóstolo, no próximo dia 17/08/08 (domingo) ás
09h00 onde o Missionário Sidney estará presente nos brindando com sua
palestra.
A Comunidade São Paulo Apóstolo está situada na rua 12, número 40, no bairro Siderlândia, em Volta Redonda/RJ
Para contatos sobre esta palestra, ligue para (24) 3337-6385
Vida nova: Testemunho Joathan
Vida nova: Testemunho Joathan: A Igreja Católica não era aquilo que eu imaginava ser 08 abr, 2015 ...
Testemunho Joathan
A Igreja Católica não era aquilo que eu imaginava ser
Conheça o belo testemunho de Joathan, o jovem que, graças ao
Papa Francisco e à formação do site, abandonou o protestantismo para
abraçar a fé católica
A Jornada Mundial da Juventude de 2013 foi um evento decisivo para o
jovem Joathan, de Mossoró, Rio Grande do Norte. Depois de cinco anos no
protestantismo, o seu coração inquieto conheceu o sucessor de São Pedro e
voltou para casa. Conheça o seu belo testemunho:
Olá, meus caros da Equipe Christo Nihil Praeponere!
Sei que o Reverendíssimo Padre Paulo Ricardo é um homem muito
atarefado, mas gostaria que, se possível, pelo menos uma parte desta
mensagem chegasse até ele. Na verdade, gostaria de ter falado sobre
minha história a vocês há muito tempo, mas após ver a postagem “Católico e protestante debatem em avião”, senti que já era hora de contar como o Pe. Paulo Ricardo ajudou a me levar a Roma. Aí vai:
“Eu peço que vocês sejam revolucionários, que vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de ‘ir contra a corrente’. Tenham a coragem de ser felizes!” (Papa Francisco, Encontro com os Voluntários da JMJ, 28 de julho de 2013)
Amado padre
Parecia que seria uma semana normal, mas, na realidade, a partir dali
minha vida mudaria por completo. Começava a Jornada Mundial da
Juventude, no Rio de Janeiro. Um evento que parecia sem importância para
mim, afinal, há cinco anos eu tinha ingressado em uma igreja
protestante.
Aos 12 anos, batizado e nascido em uma família católica, aceitei o
convite de um amigo para assistir a um culto na Assembleia de Deus. No
início do culto, o pastor informava à comunidade que ali se encontrava
um jovem que queria aceitar a Jesus como seu Salvador. Naquele ambiente
totalmente novo, aquilo parecia irresistível.
Eu, inocente, era esse jovem. Fascinado com a alegria daquelas
pessoas, pela forma calorosa com a qual fui recepcionado, levantei a mão
e fui conduzido até o púlpito para que a assembleia fizesse uma oração.
No dia seguinte, fui à primeira aula de um curso de novos convertidos.
Naquelas aulas aprendi que adorar imagens era errado, que o sacerdote
pode casar, que somos salvos apenas pela fé no Senhor Jesus, que a
Bíblia é a única fonte infalível de fé e que nos seus 2.000 anos a
Igreja Católica havia se perdido e se tornado um antro de perdição.
Poucos anos depois, me tornei professor convidado do curso e lecionava a
aula sobre Bíblia, quando aproveitava para reverenciar os reformadores
protestantes, que teriam tornado as Sagradas Escrituras acessíveis a
todos, firmados nos postulados da sola Scriptura e na livre interpretação pessoal.
Cinco anos depois, algo me incomodava. Meu coração sofria um
turbilhão de emoções, de pensamentos desordenados. As palavras daquele
Papa sorridente, de alguma forma, preenchiam um vazio dentro de mim. As
imagens que eu via, na televisão, daquela miríade de jovens exultando
alegria com sua fé católica me perturbavam.
Após a Jornada, notei que, no Instituto Federal do Rio Grande do
Norte, onde eu estudava, havia um grupo universitário de oração tímido,
mas bastante ativo, e que aquelas quatro pessoas davam um testemunho
genuíno da sua fé (enquanto isso, o grupo de oração protestante estava
desativado porque os irmãos evangélicos não se interessavam mais em
manter os encontros).
“Como é possível?” – eu me perguntava. Meus pastores haviam ensinado
que a Igreja Católica era a grande babilônia, a prostituta do
Apocalipse! Qual a explicação para a alegria daqueles jovens com sua fé?
Eu ouvira suposições de que o Papa era o Anticristo. Mas como Francisco
confortava tanto meu coração?
Apesar de pertencer a uma igreja pentecostalista, eu não era como os
outros. Preferia me recolher aos estudos de teologia, à oração
individual e silenciosa, à evangelização nos hospitais e favelas.
Buscava, dia e noite, a santificação. Mas como não me identificava com
minha própria igreja, minha fé enfraquecia, minha busca sempre falhava.
Meu pastor passou a proibir os jovens de irem ao shopping, ao cinema, as
meninas de fazer um penteado curto. Segundo ele, não era coisa de
cristão. E eu não podia concordar com aquilo.
Havia um vazio dentro de mim. Faltava algo. Finalmente, percebi que
não era compatível com a Assembleia de Deus. Não podia encontrar ali o
cristianismo de que gostaria. Por isso, no começo do ano, havia me
afastado de uma vez por todas da igreja. O remédio para minha angústia
foi o mundo e as ilusões que ele tem para oferecer.
Na verdade, meu choque ao ver aqueles jovens na JMJ ou aqueles do
grupo de oração católico é que eles pareciam ser o que eu sempre quis
ser também. Eles amavam ardentemente sua fé, sua Igreja, seu Papa.
Aquilo que eu passei a observar ia de encontro com o que eu sempre havia
pensado sobre religião. Se igreja protestante tinha erros, a católica
muito mais!
Essa inquietação me fez ir atrás de respostas. Lembrei que
tinha um site de um padre que eu odiava, em virtude dos seus vídeos
criticando a fé protestante. O padre Paulo Ricardo! Acabei me
tornando assinante do site e as aulas sobre o culto aos santos e às
imagens e a sua intercessão foram o estopim para eu descobrir que não
conhecia nada sobre catolicismo e deveria me aprofundar mais no assunto.
Foi então que eu descobri que os católicos não adoram os santos. Que,
ao contrário do que eu ensinava nas aulas sobre a Bíblia, as
indulgências e o purgatório faziam sentido, sim! Que, mesmo após a
morte, continuamos pertencentes ao Corpo Místico de Cristo e nem a
própria morte pode nos separar de Seu amor e da comunhão dos santos!
Logo percebi que as doutrinas católicas nunca se chocavam com as
Sagradas Escrituras e que estas só podiam existir graças à Sagrada
Tradição (única fonte de fé dos primeiros cristãos) zelada pelo
Magistério da Igreja, o fidei depositum.
Definitivamente, a Igreja Católica não era aquilo que eu imaginava ser.
Logo, comecei a frequentar as missas na Paróquia de São José. Ia aos
sábados, visto que tinha menos gente e seria mais difícil alguém me
reconhecer. Eu reparava em cada detalhe. Observava as imagens no Altar,
me perdia a cada gesto feito pela assembleia na liturgia. Por que aquilo
tudo? Eu não sabia. Só sabia que, de alguma forma, me sentia bem em
estar al
Foi aí que eu percebi que estava diante de uma numerosa família de santos e anjos.Mais
que uma comunidade eclesial, a Igreja é uma família na qual Cristo se
faz real e substancialmente presente na Eucaristia, que alimenta e
mantém firme aqueles que vão ao Seu encontro. Só então pude
entender o verdadeiro significado da parusia tão falada no Novo
Testamento. Não se trata apenas da vinda do Senhor no final dos tempos,
mas também de sua presença real e gloriosa na Eucaristia. Eu tinha de
fazer parte dessa família!
Padre, a Igreja é tão bela e minhas descobertas foram tão
extraordinárias que é difícil resumir em um e-mail – dá para escrever um
livro! Ah, eu poderia ainda falar sobre como me tornei escravo de amor
de Nossa Senhora. Ainda relutei durante vários meses para ter meu
encontro com Ela e ele só foi possível depois que descobri, através do
senhor, o Tratado da Verdadeira Devoção. Mas fica para a próxima!
O fato é que aquele vazio já é passado. Conheci uma pequena comunidade nova chamada Missão Fides in Deum,
onde me tornei vocacionado e hoje sou missionário. Aqui não me canso de
retransmitir tudo o que aprendo com o senhor e numerosos outros santos,
como Santa Teresa de Ávila e os santos doutores João da Cruz, Teresa de
Lisieux, Tomás de Aquino, Agostinho e todo o vasto Magistério da
Igreja, além – é claro – da minha querida e amada Beata Chiara Luce, um
exemplo extraordinário para jovens católicos que, assim como eu, travam
uma batalha espiritual diariamente nas universidades a fim de rejeitar o
que é efêmero e dizer sim ao que é eterno e à vida em plenitude. O
senhor – com seu site – me ajudou a chegar aqui! Não sei como
agradecê-lo!
Hoje, menos de dois anos depois do que relatei aqui, minha vida é
totalmente diferente. Amar Jesus Cristo e dedicar a vida à Igreja é o
verdadeiro caminho da felicidade, não obstante a pesada cruz que isso
requer que suportemos. Sim, padre, vale a pena!
Que o Senhor Jesus abençoe cada vez mais seu trabalho para que mais e
mais católicos voltem à Mãe Igreja para beber da água de vida eterna,
dos sacramentos e do rico magistério católico, a fim de que seja
possível que mais homens como eu, afastados e sedentos de Deus,
encontrem a verdade, “algo completamente novo. Como uma esperança que
lhes cabe, como uma resposta que sempre procuraram secretamente”, como diz o Papa Bento XVI.
Inobstante toda a distância de Mossoró a Cuiabá, peço que meu anjo da
guarda vá a seu encontro e transmita meu mais sincero e agradecido
abraço!
Que Santa Luzia, padroeira de nossa Diocese, seja luz no múnus que o
Senhor te confiou e Maria Santíssima, Senhora de Todos os Santos,
interceda e ampare sempre todos vocês da Equipe Christo Nihil
Praeponere.
Contem com minhas orações!
Mossoró/RN, 21 de março de 2015
Em Cristo,
Joathan.
Mossoró/RN, 21 de março de 2015
Em Cristo,
Joathan.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
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